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Existe trabalho após a licença-maternidade

Minha mesa de trabalho: Alis no porta-retrato para me inspirar

Na sexta-feira passada eu, Verde e Alis estávamos comendo uma deliciosa tainha na casa de amigos e o anfitrião perguntou “E aí, Mel, como foi voltar ao trabalho depois de ganhar a Alis?”. Eu, até para a minha própria surpresa, respondi “melhor do que eu esperava”. E é exatamente isso que sinto. Eu ainda tenho, claro, várias preocupações, mas todas são relacionadas a gripe (ela está gripadinha, btw). Essa é a minha maior noia. Passo o dia verificando se a Alis está bem e se o nariz está em pleno funcionamento (três nenéns gripadinhos na sala dela quando começamos a adaptação – sim, porque a adaptação não é para os nenéns, e sim para os pais… ou, neste caso, a mãe, porque o pai estava supertranquilo com o fato de colocar na escolinha). Mas eu não esperava que essa fase de transição fosse tão tranquila. Eu gosto de trabalhar. Curto chegar no trabalho, ligar o computador, checar os e-mails, ler as manchetes e, depois, no meio da manhã, tomar um café e olhar a minha agenda para ver se estou esquecendo de alguma coisa. Eu imaginava que esses momentos seriam cheios de tensão, de pensamentos do tipo “céus, como será que a Alis está na escolinha?”, mas thank God temos condições de pagar uma boa escolinha e o máximo que me passa pela cabeça é um pensamento super egoísta: será que a Alis está com saudades de mim?

Eu consegui gerenciar as coisas de forma que a Alis fica na escolinha apenas no período matutino, então sei que sou sortuda. Não sei se teria voltado a trabalhar se a situação fosse outra e eu tivesse que deixá-la em período integral. Sei que muitas pessoas não tem essa opção e, novamente, thank  God  que eu tenho.

A Alis também se adaptou superbem (comecei o post com a minha adaptação, que vergonha!). Percebi que as escolas têm uma demanda menor pela manhã (por que eu não sei!), e nem sempre os pais levam os filhos, então na turminha da Alis, que é cheia de nenéns fofos, tem sete alunos, mas nem sempre tem sete, entende? As tias (sempre me lembro de uma professora muito braba que falava “eu não sou tia de ninguém aqui!”) são uns amores e isso dá uma segurança danada.

Então sim, eu estou bem, a Alis está bem e antes de voltar ao trabalho eu não esperava responder a perguntas como a do meu amigo positivamente. Imaginava uma lágrima saindo de um olhar dramático e muito sofrimento por trás disso tudo, mas não… está tudo bem e, imagino eu, tudo continuará bem. Tomara!

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Arquivado em Vida de mãe