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Vida de Grávida

Olá Grávidas/gestantes/ futuras grávidas e ex-grávidas,

Ontem encontrei uma amiga que está grávida e aí o assunto não poderia ser outro: vida de grávida, inseguranças e o que esperar do futuro.  Antes de dormir fiquei lembrando o período da minha gestação. Vou confessar que apesar de todos os perrengues, inseguranças e expectativa esse foi o período mais mágico da minha vida. Acho que nos primeiros meses eu poderia resumir minha vida a um ponto de interrogação.. rrrss

ImageComo vai ser? Vou dar conta? Menino ou menina? E o trabalho? Amamentação? E o parto? Meu filho vai nascer saudável? Qual o melhor médico? Quais modificações fazer em casa? E o cachorro?  A vida com o marido? Como meu filho vai ser? Etc, etc ?????

No inicio foi “difícil”. Eu não rejeitei o fato de estar grávida, mas tive dúvidas se aquele era o momento mais adequado.  O fato é que eu estava grávida e quando fiz o primeiro ultrassom e escutei aquele coração pequeno e inquieto batendo dentro de mim fiquei encantada. É muito perfeito!

Logo no início fiquei enjoada e foram poucas as vezes que efetivamente vomitei. Senti dor no peito durante alguns dias, tinha muito sono nos primeiros meses, não podia sentir cheiros fortes e optei por produtos mais neutros. Não fiquei muito inchada (só na ultima semana mesmo) e assim aos pouquinhos fui me adaptando ao novo ser em que eu estava me transformando. São nove meses de paciência e adaptações e a cada trimestre uma novidade. Eu tinha dois aplicativos no meu celular que me ajudavam a compreender melhor tudo o que estava se passando (recomendo muito) o App do Baby Center e da Revista Crescer. Achei muito legal a cada semana conferir o que estava acontecendo com o bebê.

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“As variações hormonais no corpo da mulher, durante a gravidez, provocam profundas alterações, tanto físicas como emocionais. Lidar com elas é um dos principais desafios de qualquer casal que esteja esperando um bebê. Mas isso não é necessariamente um bicho de sete cabeças, como muitos acreditam. Basta entender um pouco melhor o que se passa com a gestante e perceber que essas moléculas estão mais para aliadas do que para vilãs. Sem deixar de considerar que o nível de alguns hormônios, como o do estrogênio, pode aumentar 30 vezes e isso tem reflexos no dia a dia da mulher.” (Fonte)

As grávidas passam por uma mudança hormonal constante e acho que o universo conspira a nosso favor. Digo isso porque outra coisa que me chamou a atenção foi o carinho que as pessoas tinham comigo pelo fato de estar grávida. Era como se eu fosse um ser divino.. rrrss. No supermercado, na fila de banco, na rua, no trabalho, entre as amigas, na família… rolava uma paparicação constante e vou confessar outra coisa:  eu amei ser paparicada!

Veja algumas dicas que o site bebe.com.br listou para enfrentar essa verdadeira enxurrada de hormônios:

Fim do ciclo menstrual e início da gravidez

Os dois hormônios que dominam no ciclo menstrual são o estrogênio e a progesterona. Ambos têm a função de preparar o corpo feminino para uma possível fertilização. Em geral, antes da ovulação, há a predominância de estrogênio e, após a ovulação, a taxa de estrogênio cai e cede espaço para a progesterona. Após a queda do nível de progesterona, a mulher menstruará e renovará o ciclo. Se a taxa desse hormônio não diminuir, significa que a mulher engravidou. Em um ciclo regular, a ovulação ocorre entre o 12º e o 16º dia, contados a partir do primeiro dia de menstruação.

Hormônio beta-HCG, para saber se está grávida

Hormônio produzido pelo ovário logo após a concepção, tem o nome científico de gonadotrofina coriônica. A detecção de sua presença no organismo é o indício em que se baseia grande parte dos testes de gravidez. Associado à progesterona, o beta-HCG tem um papel importante na manutenção da gravidez durante o primeiro trimestre.

Hormônio progesterona, a responsável pelos enjoos

No primeiro trimestre da gestação, a placenta ainda está em formação e o que mantém o metabolismo da gravidez é a progesterona, produzida pelo ovário em altas doses. Após esses três meses, a placenta assume o controle. A taxa de progesterona varia de mulher para mulher e de gravidez para gravidez. De acordo com os médicos, quando esse nível é baixo, as chances de aborto na fase inicial da gravidez e de parto prematuro aumentam. A progesterona também é a responsável pelos famosos enjoos da gravidez. Como se não bastasse, ela provoca sono, salivação e alteração de humor. Algumas mulheres até emagrecem nessa fase por causa dos vômitos. Também é comum que ocorram inchaços no corpo, mesmo no início da gravidez. Porém é bom lembrar que muitas mulheres retêm líquidos mesmo antes de engravidar. Durante o ciclo, na fase pré-menstrual, a prática de atividade física ameniza a retenção hídrica, além de aliviar os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual). No início da gravidez, no entanto, mesmo exercícios físicos leves costumam ser desaconselhados devido ao risco de abortamento. A partir do terceiro mês, em compensação, a prática de hidroginástica, natação, esteira, bicicleta ergométrica, ioga e pilates é muito indicada. Para evitar o inchaço demasiado, é importante que a gestante fique atenta à alimentação, pois o ganho excessivo de peso pode facilitar a retenção hídrica. A dica é seguir uma dieta rica em proteínas, pouco carboidrato e muitas frutas e verduras.

Hormônio estrogênio e os surtos de calor e rinite

O estrogênio tem uma atuação importante no sistema circulatório. Ele favorece a dilatação dos vasos e prepara o corpo da mulher para o aumento do volume de sangue em veias e artérias. Após a formação da placenta, no final do primeiro trimestre, o nível do estrogênio atinge índices até 30 vezes superiores às taxas anteriores à gravidez. Toda essa dilatação vascular contribui para a gestante apresentar sintomas de rinite, maior tendência a ter calor e até dores de cabeça. Outra função do estrogênio é a dilatação e o crescimento das glândulas mamárias para a futura amamentação. Pode ocorrer também uma relação direta no aumento da libido da mulher. Não raro, ela tem desejos sexuais durante a gravidez e o homem não corresponde por receio de machucar a esposa e seu bebê. Na adolescência feminina, o estrogênio é o hormônio de maior importância. É ele quem define as características dos órgãos sexuais femininos (pilificação, mamas, vagina) e também tem uma atuação importante na feminilidade, no brilho do cabelo, na textura da pele e até no timbre da voz.

Prolactina: hormônio do leite a caminho

Produzido pela placenta, é um hormônio que, associado a outro, chamado lactogênio placentário, tem a responsabilidade de deixar as glândulas mamárias aptas para a futura produção de leite. A ação desses hormônios começa a aumentar a partir do segundo trimestre de gravidez. Ao final da gestação, a atividade, tanto da prolactina quanto do lactogênio, é tão intensa que a gestante só não produz leite antes do parto porque a alta taxa de estrogênio no organismo corta essa possibilidade. É importante considerar que a prolactina interfere na disposição sexual da mulher ao reduzir a libido e ressecar a vagina. Mas esse efeito é mais intenso depois do parto, durante a amamentação.

Alterações metabólicas

Com a ação dos hormônios durante a gravidez, também há tendências de elevação nos índices de glicose e de triglicérides em razão das necessidades nutricionais do bebê. É preciso fazer o monitoramento da glicemia para diagnosticar precocemente uma eventual ocorrência de diabetes gestacional, que colocará em risco a saúde da mulher e do bebê. A principal prevenção para evitar o diabetes gestacional é não obter um aumento excessivo de peso no período. A pressão arterial também fica alterada durante a gravidez e as referências do que é ou não normal mudam. Por isso o médico faz sempre um acompanhamento.

Oscilações de humor

As alternâncias de humor, pela descarga de hormônios, são muito comuns na gravidez, sobretudo no primeiro trimestre – a partir do quarto mês, a gestante já começa a sentir seu bebê mexer e fica mais segura em relação ao bem-estar dele. O impacto das alterações emocionais pode ser minimizado com um pré-natal bem feito e, eventualmente, com medicações fitoterápicas, conforme a orientação do médico. Algumas gestantes podem precisar de apoio profissional para lidar melhor com suas emoções. Tratar os sintomas das mudanças hormonais ajuda a aliviar o mau humor. Usar sutiãs mais justos previne dores nas mamas. Medicamentos antieméticos, sob a orientação médica, minimizam crises de vômito. Para dores no corpo, as massagens são uma ótima pedida. Para inchaço, drenagem linfática. E assim por diante.

A partir do segundo trimestre, as dores nas costas aumentam a irritação da gestante. A origem do problema é uma mudança no eixo de equilíbrio causada pelo rápido crescimento do útero. A altura e o peso da gestante também interferem na intensidade da dor, assim como a quantidade de bebês no útero. Quanto maior o ganho de peso e mais sedentária for a gestante, pior será o desconforto, daí a necessidade de um controle da dieta e de prática de exercícios físico, de preferência os de baixo impacto.

Nos últimos meses de gravidez, a variação de humor tende a ser a mais intensa diante das inúmeras limitações para fazer coisas básicas, como andar, dormir, tomar banho, se vestir, ir ao trabalho.

Vamos as dicas:

  • Comece a entrar no mundo maravilho dos babies, planeje suas compras, nomes, decoração, check list do que comprar.. acho que isso ajuda a “cair a  ficha”;
  • Faça o cadastro do seu marido, mãe, madrinhas em algum site tipo baby center para que eles recebam semanalmente um email com tudo o que esta rolando com o baby x idade gestacional… assim, todo mundo vai ficando por dentro do que está acontecendo;
  • Escolha um médico obstetra de confiança e competente;
  • Não fique obcecada por livros pq eles não são um manual prático, assista vídeos que mostrem a rotina de bebes.. banho/troca de fralda;
  • Verifique as carências do seu plano de saúde.

Bem, as dicas poderiam ser infinitas… o importante é viver esse momento especial da melhor forma, seguir as orientações do seu médico e dormir muitoooo. Bjs!!

Fontes:Luiz Fernando Leite, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo;Simão Augusto Lottenberg, endocrinologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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